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GASTRONOMIA: Farinha orgânica ganha espaço entre consumidores no mercado de panificação
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Com um aumento de 60% na produção nacional, o produto é ingrediente essencial em padaria especializada em São Paulo
Impulsionada pela busca dos consumidores por mais saudabilidade e com o compromisso de garantir qualidade por meio de processos rigorosos, a produção e o consumo de farinha orgânica no Brasil vêm registando crescimento nos últimos anos.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 2016 a 2021 a produção de farinha orgânica no País aumentou cerca de 60%, passando de 18 mil para 29 mil toneladas. Com destaque para os estados Paraná, São Paulo e Minas Gerais, principais produtores de farinha orgânica, que, juntos, respondem por mais de 60% da produção nacional.
O aumento da produção é reflexo do movimento do mercado, tendo em vista que as redes de supermercados e lojas de produtos naturais têm ampliado a oferta de farinha orgânica, o que contribui para popularizar esse tipo de alimento e torná-lo mais acessível ao público em geral.
Por parte da indústria, a especialização exige adaptação e processos específicos para a produção da farinha de trigo orgânica. "Com uma moagem que exige especificidades desde o campo, a produção de trigo orgânico não permite falhas. Tamanho cuidado cria um sistema de cultivo complexo e equilibrado, capaz de priorizar a preservação do meio ambiente a partir de princípios agroecológicos que contemplam o uso responsável dos recursos naturais, considerando, também, as relações sociais e culturais", explica o presidente do Grupo Ocrim, Amedeo di San Marzano.
Com esses diferenciais produtivos, a farinha orgânica preserva os nutrientes naturais dos grãos, sendo rica em vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. Outra vantagem oferecida é que o trigo orgânico é excelente para rotação de cultura, pois tem facilidade de manejo e oferece um bom material orgânico para o cultivo de soja no verão, por exemplo.
Um dos pioneiros na produção de farinha orgânica no País, o Grupo Ocrim, fabricante da farinha Mirella, faz investimentos constantes em tecnologia, treinamentos e programas para atender os diferentes tipos de públicos com qualidade e segurança. Além disso, a empresa investiu em moinho de pedra para cumprir as especificações no processo de moagem, garantindo que não haja misturas de matérias-primas e assegurando credibilidade ao produto final.
O Grupo registrou, de 2019 a 2021, um crescimento de vendas de farinha orgânica 2,4 vezes maior, comparado aos anos de 2017 e 2019. Em número percentuais, esse aumento significativo, de 2017 a 2021, foi de aproximadamente 106%.
A paixão é a mesma, mas em um novo formato!
Quem não gosta de um tradicional pãozinho no café da manhã, não é mesmo? Excelente fonte de energia, o alimento não ficou de fora da tendência dos produtos orgânicos. O reflexo disso é o sucesso que A Fornada faz.
Localizada na cidade de São Paulo, a padaria, que conta com três unidades físicas e loja online, é especializada em produções artesanais orgânicas e tem planos de expansão.
Premiado internacionalmente, o chef Gilson Santos, proprietário da rede, utiliza a farinha Mirella e conta que, ao mês, usam de 13 a 14 toneladas de farinha. "A marca tem uma qualidade excepcional, por isso a escolhemos para nos acompanhar no crescimento da padaria e da preferência dos clientes. Para se ter uma ideia, produzimos cerca de 20 a 24 toneladas de pão mensalmente", diz.
"Acredito que esse exigente mercado continuará expandindo a cada ano, pois, no dia a dia, percebo que os consumidores têm priorizado mais saúde por meio de alimentos de qualidade, com produções diferenciadas e seguras. A paixão pelos pães é a mesma, mas ganha novos formatos", finaliza.