Confira
Convênio entre Unicamp e Inmetrics busca acelerar inovação em IA generativa
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Imagine um cenário onde diversas empresas lançam suas próprias redes neurais, aqueles métodos de inteligência artificial (IA) que ensinam computadores a processar dados de uma forma inspirada pelo cérebro humano. Em meio a tantas opções, como decidir qual modelo utilizar? A escolha não é simples, afinal existem centenas de possibilidades. Além das redes fechadas de gigantes da tecnologia, há também redes abertas. Como elas não se comunicam, qualquer mudança, hoje, exige trabalho de programação. É nesse contexto que a Inmetrics e o Parque Científico e Tecnológico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob gestão da Agência de Inovação Inova Unicamp, firmaram uma parceria que permite à equipe de inovação da empresa atuar mais próxima dos talentos da Universidade na busca de respostas que ajudem no desenvolvimento de soluções inovadoras. O laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Inmetrics, recém-instalado no Parque Científico, dentro do campus da Unicamp em Campinas, terá como objetivo encontrar formas para simplificar esse emaranhado de modelos de inteligência artificial em parceria com o Instituto de Computação (IC) da Unicamp. "Temos tanto um desafio tecnológico, quanto um desafio científico: ensinar a máquina a olhar e refinar, dentro de grandes bibliotecas de dados, o que é o mais importante para cada contexto", diz Marcos Medeiros Raimundo, professor do IC da Unicamp e coordenador do projeto que busca melhorar os modelos de linguagem aplicados ao desenvolvimento de código. A expectativa é que, num futuro próximo, questões como a forma de integração desses bancos de dados, disponibilidade, custo e desempenho dos modelos de Inteligência Artificial Generativa deixem de ser preocupações nas empresas, universidades e organizações. De volta aos corredores da Unicamp A Inmetrics foi fundada, há 22 anos, por cinco estudantes do curso de Ciência da Computação, do Instituto de Computação. Inicialmente, a empresa-filha da Unicamp era focada em desenvolver softwares de otimização de aplicações, ferramentas utilizadas para melhorar a eficiência e o desempenho em processos. Com o tempo, adaptou-se para oferecer soluções de performance de aplicações e, em 2014, fundiu-se com duas empresas especializadas em eficiência operacional e gestão empresarial. Duas décadas depois, a Inmetrics retorna para a Unicamp, aproveitando o relacionamento que já vinha alimentando com o Laboratório de Inteligência Artificial (Recod.ai), do IC da Unicamp, para dar um passo a mais na colaboração entre a Unicamp e a empresa-filha. A ideia é que a equipe de inovação da Inmetrics possa se integrar ainda mais aos talentos da Unicamp, no novo espaço físico, atuando nessa "interface" entre o negócio e a pesquisa científica com foco em inovação. "Escolhemos a Unicamp para mudar a forma como a Inmetrics trabalha", disse Adriano Lima, sócio diretor da empresa e coordenador do novo laboratório de P&D inaugurado no Parque Científico da Unicamp. O laboratório já comporta mais de 18 colaboradores da empresa e pesquisadores da Unicamp, que podem, neste modelo de interação com a Universidade, trabalhar simultaneamente nos projetos, trazendo benefícios mútuos. "A ideia é que este grupo esteja focado em desenvolver soluções tecnológicas de ponta, que priorizem a eficiência e avanço nas áreas de inteligência artificial, trazendo retorno tanto para a empresa quanto para a Universidade", comenta Lima. Tecnologia desenvolvida em parceria com a Unicamp Um dos projetos do novo espaço hard tech no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp é o avanço do Liev, um software de código aberto projetado em proximidade com os pesquisadores do Recod.ai Unicamp para facilitar a gestão e integração de diversos modelos de inteligência artificial generativa. A plataforma é uma espécie de intermediária, que faz a integração dos aplicativos da empresa que o utiliza com a variedade de modelos neurais disponíveis, reduzindo a dependência a redes específicas. "Do ponto de vista de estratégia e pensando no futuro, podemos dizer que esse é o projeto mais importante da Inmetrics atualmente", garante Lima. Para melhorar ainda mais o produto, a Inmetrics também assinou recentemente uma nova parceria de P&D junto ao Instituto de Computação, com duração de 2 anos, que prevê a concessão de bolsas de pesquisa para estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisadores em estágio de pós-doutorado. O projeto tem como foco abordar três dos maiores desafios enfrentados no desenvolvimento de programas de computador: a geração eficiente de código, a interação da máquina nos serviços de suporte ao usuário e a análise de sentimentos, aumentando a confiabilidade nesses sistemas e evitando os vieses que podem gerar respostas agressivas e racistas. "A parceria da Universidade com empresas é muito frutífera tanto para a empresa, quanto para os alunos, pois os estudantes aprendem a fazer a transição entre o conhecimento científico, usado para resolver um problema específico, e o conhecimento aplicado, de forma a resolver problemas ainda mais abrangentes", explica o docente coordenador do projeto. Desenvolvendo o bot dos programadores O objetivo do convênio com o IC da Unicamp é aprimorar a solução e personalização para a criação de códigos-fonte voltado a diversos contextos, que simplifiquem o dia a dia dos desenvolvedores, permitindo que eles aproveitem as vantagens das redes neurais para acelerar e aprimorar o processo de codificação. A ideia é que a solução proposta se integre diretamente ao ambiente de desenvolvimento dos programadores, garantindo uma transição suave e minimizando interrupções no fluxo de trabalho. Em vez de começar do zero e escrever cada linha de código manualmente, as empresas poderão solicitar à inteligência artificial. A IA então apresentará sugestões de código com base nas especificações fornecidas, permitindo que os desenvolvedores revisem e ajustem conforme necessário. "A empresa se mostrou interessada na parte científica e quer colaborar com a Unicamp, para acelerar essa inovação", explicou o professor Raimundo. De acordo com Lima, essa abordagem não apenas agiliza o desenvolvimento, mas também pode melhorar a eficiência de trabalho, "com potencial para reduzir o tempo necessário para completar os projetos em mais de 20%", resume.
CLIQUE AQUI OU ACESSE O QR CODE, FALE COMIGO E ANUNCIE SEU NEGÓCIO OU PERFIL DAS REDES SOCIAIS POR APENAS R$ 9,90 |