O segredo da fintech brasileira que está fazendo bancários mudarem rota da carreira

Somente no último ano, plataforma catarinense Franq teve a adesão de 2 mil novos bancários autônomos

"Não esqueça que quando falamos de taxas de conversão, estamos falando sobre pessoas". Com essa mensagem, o CEO e fundador da Franq, Paulo Silva, concluiu uma palestra nesta quarta-feira (17) no Web Summit Rio, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo. Para o público presente no Rio de Janeiro, o criador da fintech contou o que tem diferenciado a plataforma na hora de atrair profissionais já experientes do mercado financeiro para uma nova profissão: a de banqueiro autônomo (personal banker).

"Em termos técnicos, nós podemos dizer que a cada 20 minutos nós recebemos um lead de alguém querendo contratar a nossa plataforma e temos 35% de conversão, o que é incrível para qualquer lead. Também a cada 20 minutos alguém usa a nossa plataforma para comprar um serviço de R＄ 400 mil com taxa de conversão de 10%. Mas no fim do dia o que importa é que, a cada 20 minutos, uma pessoa com 40 anos de idade, que trabalhou em bancos por 20, decide mudar sua carreira e faz uma parceria conosco para começar um trabalho totalmente novo de atendimento aos clientes", refletiu Silva.

Com sede em Florianópolis (SC), a Franq foi pioneira no Brasil ao oferecer uma plataforma de trabalho para os personal bankers, profissionais que possuem uma carteira de clientes próprios e oferecem soluções financeiras variadas de diferentes instituições — tudo por meio da plataforma da fintech fundada em 2019 e que, hoje, atua com mais de 7 mil bancários autônomos e possui mais de 50 instituições financeiras dentro da plataforma.

Os números atuais da Franq reforçam o movimento de bancários que buscam mudar de carreira. Atualmente, a maioria dos personal bankers que atuam na plataforma possuem cerca de 20 anos de experiência no setor e atuam com clientes de alta renda. "De bancário para bancário", o CEO Paulo Silva conta que criou a fintech a partir de um senso de comunidade:

"Não estamos falando só de converter leads, mas sim de mudar vidas e carreiras. E quando você tem esse mindset de tratar as pessoas para qual trabalha da forma como elas esperam, respeitando a vida delas, o momento e a exata expectativa que elas têm, com esse mindset claro para você e na cultura da sua empresa, você alcança esse tipo de taxa de conversão".