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Leandro Rosadas, especialista em gestão de supermercados, explica a preferência dos consumidores pelo comércio local. Foto: divulgação
Para Leandro Rosadas, especialista em gestão de supermercados, o sucesso de vendas pode estar diretamente ligado à personalização — uma característica marcante do varejo alimentar de bairro. "Os donos dessas lojas conhecem melhor o seu público e têm uma afinidade muito maior com os fregueses. Com isso, conseguem entender com mais profundidade o que o cliente costuma comprar no dia a dia, quais produtos de maior valor agregado — como bebidas alcoólicas e cortes especiais de proteína — têm boa aceitação, além de identificar com clareza quais itens não fazem parte dos hábitos de consumo desse público", pontua Em contraste com esse cenário, as grandes redes supermercadistas enfrentam o desafio de compreender as necessidades de uma clientela ampla e diversificada. De acordo com o especialista em gestão de supermercados, essa dificuldade pode resultar não apenas na oferta de produtos que não atendem aos desejos do público, mas também no fechamento de muitas lojas. Por outro lado, um levantamento da NielsenIQ aponta que o Brasil conta com mais de 1 milhão de pontos de venda classificados como pequenos varejos. "Além da dificuldade de entender o que seus próprios clientes realmente buscam, as grandes redes enfrentam outro obstáculo que, ironicamente, é justamente sua vasta estrutura. O que deveria ser o diferencial dos hipermercados acaba se tornando seu calcanhar de Aquiles, pois muitos brasileiros buscam otimizar o tempo, evitando filas longas, deslocamentos maiores até o estabelecimento e, principalmente, não querendo gastar muitos minutos olhando as prateleiras. Ou seja, os mercados de bairro são mais confortáveis e se encaixam melhor na rotina dos clientes que não dispõem de muito tempo durante o dia", explica Leandro. Ainda de acordo com o estudo da NielsenIQ, o brasileiro frequenta mercados de bairro cerca de 74 vezes ao ano, enquanto vai apenas 16 vezes a supermercados de grandes redes. Essa alta frequência está relacionada ao estilo de compra do público: 48% das vendas correspondem a itens para reposição, e 37% a itens emergenciais. Porém, há uma diferença no valor gasto a cada visita. Em média, o consumidor desembolsa R$ 44 em supermercados independentes, enquanto gasta cerca de R$ 100 a cada ida ao atacarejo. "Esse movimento é bastante perceptível no Brasil, mas é importante destacar que ocorre em outros países também. Na Espanha, por exemplo, a rede Alcampo decidiu encerrar as atividades de 25 unidades e reduzir as operações de outras 15 lojas. Já nos Estados Unidos, a rede Daily Table precisou fechar suas atividades completamente", finaliza Rosadas. @leandrorosadas
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