Movimentando mais de R$ 100 bilhões em sua plataforma desde 2016, fintech chega no mercado mexicano com o objetivo de ampliar a liquidez para pequenas e médias empresas por meio de sua plataforma digital
 | Da esquerda para direita: Bruno Oliveira (COO da Monkey Tech), Felipe Adorno (CTO) e Gustavo Muller (CEO) - Crédito: Lucas Zocoler |
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Monkey é o maior marketplace antecipação de recebíveis da América Latina. Fundada em 2016, a fintech brasileira já movimentou mais de R$ 100 bilhões e conta com presença no Brasil, Chile, EUA e agora chega ao México — onde vários clientes como Braskem, Gerdau, CMPC y Saint-Gobain já tem operações ativas.
A plataforma conecta grandes empresas, seus fornecedores e instituições financeiras em um ecossistema digital que opera como leilão reverso de recebíveis, onde os bancos competem entre si para oferecer as melhores taxas. Essa dinâmica proporciona capital de giro com condições mais vantajosas, reduzindo os custos de antecipação em até 70% para pequenas e médias empresas.
"Desde o início, pensamos a plataforma com escalabilidade e capacidade de adaptação a diferentes mercados", explica Gustavo Muller, CEO e cofundador da Monkey. "A expansão para o México é um movimento natural, especialmente porque muitos de nossos clientes já atuam em diversos países da América Latina". Casos reais: impacto direto para PMEs
A falta de capital de giro é uma das principais barreiras enfrentadas por PMEs em mercados emergentes. Foi justamente para responder a essa necessidade que a Monkey criou sua solução de antecipação voltada para fornecedores.
Valter Rodrigues, aposentado e representante da MecLUB, empresa prestadora de serviços de manutenção, é cliente da Monkey desde 2021.
"Antes era comum levar quase 90 dias para receber: a gente realiza o serviço, existe um tempo para a emissão da nota e depois esperamos os 60 dias de prazo de pagamento, que é um padrão das fábricas. Nesse meio tempo, os nossos fornecedores, como hotéis, restaurantes e funcionários já precisam ser pagos. Com a Monkey, a fábrica lança no contas a pagar, recebo o aviso e, em duas ou três horas, o dinheiro já está na conta, assim tenho capital de giro e não entro no vermelho."
Cristiane Antunes, que atua na CLM Medicina do Trabalho, adotou a plataforma durante a pandemia, quando os prazos de pagamento chegaram a 120 dias.
"Entendemos que a solução poderia nos ajudar na implantação de novos clientes com grandes contratos, que necessitam de um maior capital inicial", diz. Ao comparar a economia conseguida pelas taxas da Monkey, a CLM somou mais de R$ 80 mil nestes últimos quatro anos.
"Ainda existe uma ideia ultrapassada de que antecipar valores significa estar em apuros. Nosso papel é mostrar que, quando feita de forma planejada, essa prática pode dar fôlego para a operação, ajudar a fechar novos contratos e até otimizar investimentos", afirma Gabriele Iada, CMO da Monkey.
Hoje, a Plataforma Monkey no Brasil conta com mais de 100 instituições financiadoras e 67% da base financiada composta por PMEs, atuando em setores como alimentos (19%), papel e celulose (12%), petroquímica (12%), construção civil (10%) e agronegócio (3%).
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