TURISMO: Estações meteorológicas de Monte Verde (MG) apontam 4,9ºC, recorde de temperatura mínima no ano no destino

Imagem
Distrito de Camanducaia amanheceu com frio intenso nesta quinta-feira Monte Verde amanheceu nesta quinta-feira com a sua menor temperatura no ano (Fotos: Divulgação/MOVE)   Tradicional destino turístico do Sul de Minas, Monte Verde voltou a ser atingido por um frio intenso, nesta quinta-feira (15), quando as estações meteorológicas locais apontaram a temperatura média mínima de 4,9ºC no distrito de Camanducaia. Já as medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) consideraram que a mais baixa na localidade foi de 5,3ºC, a segunda menor registrada pelo órgão federal no Brasil até o período da manhã, só ficando atrás de Maria da Fé (MG), com 4,9ºC, enquanto Campos do Jordão (SP) foi o terceiro lugar mais gelado do país, com 5,8ºC.   Esses dados, divulgados pela MOVE (Agência de Desenvolvimento de Monte Verde e Região), foram confirmados por Nelson Pacheco, conhecido como Senhor do Tempo no vilarejo mineiro, onde ele faz medições meteorológicas há 25 anos. "Essa ...

ARTE: Galatea abre o ano com retrospectiva da artista carioca Marília Kranz


                                                                             

Foto 1: Marília Kranz. Transforma n-I, 1969. Tinta acrílica e madeira sobre eucatex. Créditos: Ding Musa | Foto 2: Marília Kranz. Lembranças, 2002. Assinada, datada, titulada e localizada no verso. Óleo sobre linho. Créditos: Rafael Salim


A partir do dia 09 de março, quinta-feira, às 18h, a Galatea expõe um panorama retrospectivo da obra de Marília Kranz (1937-2017). Nascida no Rio de Janeiro, Marília foi pintora, desenhista e escultora, e passou a ter seu espólio oficialmente representado pela galeria paulista a partir do ano passado. A mostra "Marília Kranz: relevos e pinturas" apresentará cerca de 30 obras, entre esculturas e pinturas, que cobrem a trajetória percorrida pela artista desde os anos 60, fase inicial de sua produção, até os anos 2000. Quem assina o projeto expográfico da mostra é Marieta Ferber, designer e diretora de arte.

A escolha do nome de Marília Kranz surgiu através de uma pesquisa de Conrado Mesquita, um dos sócios da galeria, que estabeleceu contato com as filhas da artista. Então responsáveis pelo espólio da artista, ficaram muito entusiasmadas com esse projeto de resgate de sua obra no contexto atual da arte no Brasil e com a expansão do seu alcance para além do mercado do Rio de Janeiro, onde a artista sempre foi apreciada.

Pioneira na luta pelo feminismo, Marília Kranz dedicou-se, nos primeiros anos de sua carreira, ao desenho e ao estudo da pintura. Em dado momento, começou a explorar o campo da abstração geométrica, produzindo em relevos como gesso, papelão e madeira, e que integraram a sua primeira exposição individual, em 1968, na Galeria Oca, no Rio de Janeiro. Em 1969, ao retornar de viagens que fez à Europa e aos Estados Unidos, passou a produzir os relevos a partir da técnica de moldagem a vácuo (vacuum forming), usando plástico, fibra de vidro, resina e esmaltes industriais; além de esculturas em acrílico cortado e polido, chamadas de Contraformas. 

A técnica foi inovadora, já que, à época, era pouco difundida no Brasil até mesmo no setor industrial. Além disso, o conteúdo dos trabalhos era carregado de forte caráter experimental. Segundo o crítico de arte Frederico Morais, a formas abstratas e geométricas exploradas nestas obras – e na produção de Marília Kranz como um todo – se aproximariam mais de artistas internacionais como Ben Nicholson (Inglaterra), Auguste Herbin (França) e Alberto Magnelli (Itália) do que das vertentes construtivistas de destaque no Brasil, como o Concretismo e o Neoconcretismo.

A partir de 1974, a artista retomou o trabalho com pinturas sobre tela, mas desta vez o foco era outro: imagens de paisagem carregadas de certa volúpia. A artista passou a trazer para o centro da tela elementos constituintes das suas paisagens preferidas no Rio de Janeiro. Comparada a artistas como Giorgio de Chirico e Tarsila do Amaral, os seus cenários e figuras geometrizadas e oníricas, beirando a abstração, evocam solenidade e erotismo. Os tons pastéis, por sua vez, tornaram-se a sua marca. "A cor cede diante da intensidade luminosa", diz Frederico Morais. Ao observarmos as flores e as frutas que protagonizam com grande sensualidade várias de suas pinturas, pensamos também em Georgia O'Keeffe, considerada por Marilia Kranz sua "irmã de alma".

Na exposição, será possível acompanhar a passagem, dentro do percurso da artista, de uma geometria abstrata e formalista dos relevos do fim da década de 1960 para a pintura de paisagem – figurativa, mas com intrusões da geometria – que começa a desenvolver em meados da década de 1970 e que explora até o fim de sua produção. Marilia passa de uma estética de certa forma "fria, formalista ou racional" para algo mais "quente, fluido, afetivo", inspirada também por sua paixão pela paisagem do Rio de Janeiro e pela pauta da liberação sexual feminina. Nessa transição entra o erotismo das flores, por exemplo, que a conecta com a pintura de Georgia O'Keeffe, e as cores e paisagens que a aproximam tanto da Tarsila de Amaral Pau-Brasil/Antropofágica quanto das paisagens vazias e solenes dos metafísicos que influenciariam o surrealismo, como Di Chirico.

Marília Kranz foi selecionada pela Galatea como a primeira mulher de muitas que estão nos planos de representação da galeria. Tornou-se conhecida por sua ativa defesa em prol da libertação sexual e da liberdade política durante a ditadura militar no Brasil (1964 a 1985), além da luta pelas causas ambientais, atuando como uma das fundadoras do Partido Verde em 1986. Expôs em galerias e instituições nacionais e internacionais, recebendo prêmios em razão de suas pinturas e esculturas. Em 2007, foi homenageada na grande exposição retrospectiva "Marília Kranz: relevos e esculturas", realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio).

 



Sobre a Galatea

A Galatea é uma galeria que surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin esteve à frente por quase uma década como sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita é marchand e colecionador, especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis; e Tomás Toledo é curador e contribuiu ativamente para a histórica renovação institucional do MASP, de onde saiu recentemente como curador-chefe.

Tendo a arte brasileira moderna e contemporânea como foco principal, a Galatea trabalha e comercializa tanto nomes já consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Tal amplitude temporal reflete e articula os pilares conceituais do programa da galeria: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não-canônico, o erudito e o informal.

Além dessas conexões propostas, a galeria também aposta na relação entre artistas, colecionadores, instituições e galeristas. De um lado, o cuidado no processo de pesquisa, o respeito ao tempo criativo e o incentivo do desenvolvimento profissional do artista com acompanhamento curatorial. Do outro, a escuta e a transparência constante nas relações comerciais. Ao estreitar laços, com um olhar sensível ao que é importante para cada um, Galatea enaltece as relações que se criam em torno da arte — porque acredita que fazer isso também é enaltecer a arte em si.

Nesse sentido, partindo da ideia de relação é que surge o nome da galeria, tomado emprestado do mito grego de Pigmaleão e Galatea. Este mito narra a história do artista Pigmaleão, que ao esculpir em marfim Galatea, uma figura feminina, apaixona-se por sua própria obra e passa a adorá-la. A deusa Afrodite, comovida por tal devoção, transforma a estátua em uma mulher de carne e osso para que criador e criatura possam, enfim, viver uma relação verdadeira.

 



Serviço:

Local: Galatea

Endereço: Rua Oscar Freire, 379, loja 1 - Jardins, São Paulo – SP

Abertura: 09 de março, quinta-feira, às 18h

Período expositivo: 9 de março a 29 de maio de 2023

Funcionamento:  Segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados, das 11 às 15h

Mais informações: https://www.galatea.art/ 

Estacionamento: Estacionamento no local 

 




Marilia Kranz 1937-2017, Transforma III, 1969, Assinada, datada, titulada e localizada no verso [Signed, dated, titled and located on the reverse], Madeira sobre Eucatex e tinta acrílica [Wood on Euca Marilia Kranz 1937-2017, Lembranças, 2002, Assinada, datada, titulada e localizada no verso [Signed, dated, titled and located on the reverse], Óleo sobre linho [Oil on linen], 80 x 120 cm. Créditos:






Por @oblogueirooficial



SIGA NAS REDES SOCIAIS



CLIQUE AQUI E INSCREVA-SE NO CANAL "O BLOGUEIRO OFICIAL" DO YOUTUBE






VEJA TAMBÉM:

NEGÓCIOS: Agrishow 2023

NEGÓCIOS: ‘Brasil merece discutir crescimento a 5%’, afirma Wesley Batista

CELEBRIDADES: Ex-BBB Nizam publica novo ensaio nu

TURISMO: Estações meteorológicas de Monte Verde (MG) apontam 4,9ºC, recorde de temperatura mínima no ano no destino

TURISMO: Hotel organiza jantar com três chefs estrela Michelin

TURISMO: Grande Miami e Miami Beach conquistam status de destino acessível em parceria com a Wheel the World

MODA: Assintecal apresenta projeto Respira Acre na BFSHOW

NEGÓCIOS: Casa do Construtor realiza maior edição da sua feira exclusiva para franqueados no interior de São Paulo

MODA: Brechó é tendência! Celebridades aderem à sustentabilidade e desapegam de suas peças

TURISMO: Walt Disney World Resort anuncia eventos especiais para o outono americano de 2025