O curta-metragem O cisne, minha mãe e eu é a nova produção do grupo sorocabano Pró-Posição, em parceria com a Azul Banana Produções, de Votorantim, com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, por meio do edital PROAC EXPRESSO LEI ALDIR BLANC Nº 45/2021 - PRÊMIO POR HISTÓRICO DE REALIZAÇÃO EM DANÇA.
O filme traz as artistas sorocabanas Janice Vieira e Andréia Nhur, mãe e filha, numa atmosfera autobiográfica e memorial, tramando camadas distintas de um encontro familiar que fala sobre elo, conexão e continuidade do saber artístico através das gerações. Dirigido por Guilherme Telli e Andréia Nhur, o filme traz um roteiro que parte de um espetáculo de mesmo nome, criado em 2008, e que se consolida como um drama-documentário que fricciona o passado da mãe de Andréia, Janice Vieira (82 anos) com o seu passado, mais objetivamente na sua trajetória de artista artista nascida e criada no interior paulista, com o presente, atualizado nos duetos dançados com a filha.
A obra parte de um documento de família, uma carta que Janice Vieira recebeu de uma professora russa, Maria Olenewa, contendo instruções para se dançar a emblemática coreografia russa A morte do cisne, de 1905. Em meio à urgente necessidade da manutenção de políticas de valorização da cultura, este drama-documentário afirma e registra a atuação contínua de Janice Vieira, um dos nomes mais importantes da dança paulista, com mais de sessenta e cinco anos de carreira dedicada às artes da cena no Brasil e ao histórico grupo Pró-Posição.
"O filme também traz essa questão muito importante que é o fato de minha mãe ter sido criada na roça e ter tido o incentivo da minha avó para se tornar artista. Minha avó sonhava com isso e esse desejo moveu todo o restante da família. Eu, meu irmão, minha sobrinha, somos todos artistas", conta Andréia, reforçando que o curta também conflita imagens bucólicas de paisagens em ruínas e as luzes, linóleo e teatralidade do palco italiano.
A direção de fotografia é de Nando Gatti, direção musical e trilha sonora original são de Janice Vieira, montagem e finalização de Alexandre Valentim, color Grading de Jonathan Machado, edição de som de Maurício Nogueira, gerência de Produção de Paola Bertolini e maquiagem de Miriam Puga, entre outros profissionais.
Sobre o Grupo Pró-Posição
Fundado em 1973, por Janice Vieira e Denilto Gomes (1953-1994), na cidade de Sorocaba, o Grupo Pró-Posição é uma referência na história da dança do Brasil, com atuação marcante entre as décadas de 1970 e 1990. Em 2007, foi reativado pela parceria entre Janice e Andréia, por meio de uma série de trabalhos auto-biográficos que renderam prêmios importantes como: Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 2013, Prêmio Governador do Estado à Janice Vieira, em 2013, e Prêmio Denilto Gomes à Andréia Nhur, em 2017. Desde a reativação do grupo, foram produzidos oito trabalhos inéditos, entre solos, duos, conferências, dançadas e parcerias, que circularam pelo Brasil, Argentina, Bolívia e Bélgica.
Serviço:
Plasticus Dei
De 23 a 25 de fevereiro
Quinta e sexta às 20h, sábado às 18h
Classificação indicativa : Livre
O cisne, minha mãe e eu
Exibição única no dia 25 de fevereiro
Sábado às 17h30, no Cineclube da Oficina Cultural Oswald de Andrade
Classificação indicativa : Livre
Gratuito
Oficina Cultural Oswald de Andrade - Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo - SP