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NEGÓCIOS: Com fechamento de 91 lojas físicas, Marisa aposta na 'Logística 4.0' para seu marketplace
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Nos últimos anos, o setor de varejo de moda no Brasil tem enfrentado desafios cada vez maiores diante da entrada de empresas internacionais, como a Shein, que oferecem preços e produtos competitivos. Segundo a iDinheiro, um dos fatores determinantes para que a gigante chinesa consiga melhores preços está relacionado, entre outros fatores, ao processo logístico adotado por ela.
A varejista Marisa, que desde 2016 vinha sofrendo com os dissabores de uma expansão desordenada, anunciou recentemente o fechamento de 91 unidades físicas como uma das estratégias adotadas para retomada da saúde financeira da empresa. Alvo de muitas especulações a esse respeito, esse 'corte' já era previsto há, pelo menos, um ano, quanto a varejista começou a apostar alto em modernização principalmente relacionado ao marketplace da marca.
Uma das prioridades de marketplaces de gigantes varejistas é a competitividade de preços e prazos de entrega. Nos últimos anos, um avanço tecnológico bastante exponencial no setor de operações logísticas fez com que as varejistas nacionais e internacionais precisassem, cada vez mais, empregar técnicas e tecnologias da chamada Logística 4.0.
Assim como outras gigantes do setor do varejo, como Shopee e Amazon, por exemplo, a Shein utiliza de inovações logísticas tecnológicas que permitem automatizar e otimizar o processo de entrega em todo o mundo, como as 'pop-ups sotres' estrategicamente posicionadas, o que permite uma redução de custo considerável para a chinesa, que 'transfere' essa economia ao consumidor final.
A automação de processos, principalmente com a utilização da Inteligência Artificial, permite também que a empresa gaste menos com mão de obra humana, remunerada, portanto, o que também 'barateia' o custo operacional como um todo, refletindo no valor do checkout do cliente.
"Uma dessas soluções é o uso de tecnologias como a inteligência artificial e o big data para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Com essas ferramentas, é possível obter informações precisas sobre a demanda dos consumidores, a disponibilidade de matérias-primas e o processo de produção, o que permite uma gestão mais eficiente das operações" pontua Jazeel Santos, diretor da Motus Logística, empresa atuante em operações logísticas que utiliza tecnologias para otimizar suas operações.
O uso de sistemas de armazenagem automatizados, que ajudam a reduzir os custos de estoque e aumentar a eficiência do processo, também é uma das tecnologias empregadas atualmente Logística 4.0, que tem contribuído muito para que os varejistas nacionais consigam competir com as empresas internacionais.
Além disso, a logística reversa tem sido uma tendência crescente entre as empresas de moda, especialmente em relação à sustentabilidade. Com a logística reversa, as empresas podem coletar produtos usados dos consumidores e reciclá-los ou reutilizá-los, ajudando a reduzir o impacto ambiental da indústria da moda e a construir uma imagem mais positiva entre os clientes.
Diante da crescente pressão da concorrência internacional, essas soluções de logística inovadoras podem fazer a diferença para as empresas brasileiras de varejo de moda. Investir em novas tecnologias e processos pode ajudar a melhorar a eficiência das operações, reduzir os custos e oferecer aos consumidores uma experiência mais satisfatória, o que pode ser um fator determinante na escolha de uma empresa no competitivo mercado global.