Fernanda Brandão, CEO da Agência Brands, especializada em Comunicação Integrada, listou os principais aprendizados que os empreendedores podem ter com o reality show de maior sucesso no Brasil
Fernanda Brandão, CEO da Agência Brands -
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O reality show mais acompanhado do país, o Big Brother Brasil (BBB), estreou no dia 08 deste mês, com a sua 24º edição na TV Globo. O programa soma mais de 20 edições e, além de oferecer entretenimento para o público, mostrando o dia a dia dos participantes, é capaz de ensinar e trazer grandes lições para o mundo dos negócios. "É importante olhar para o BBB com outros olhos e enxergar além do que ele é. Existem alguns pontos que valem a pena explorar e prestar atenção, para usar como estratégia dentro de um negócio, principalmente se a ideia é visibilidade no mercado, potencialização e relevância da organização", explica Fernanda Brandão, fundadora e PR da Agência Brands, especializada em Comunicação Integrada.
Com a repercussão do reality, é quase inevitável não ser atingido por alguma notícia dele, seja ela em um tom mais sério ou de fofoca. Portanto, é notável o poder da comunicação nesse caso. "O programa já existe há mais de 20 anos e, ao longo do tempo, veio se adaptando aos novos formatos da comunicação, conectando cada vez mais o público à ele e acredito que essa conexão é uma das peças fundamentais dentro de uma empresa ou marca e que fazem total diferença no mercado, junto com as demais estratégias", ressalta a CEO.
Dessa forma, a empresária lista, a seguir, os principais ensinamentos que o BBB pode oferecer para os empreendedores. Confira, abaixo:
1.Fortalecimento e posicionamento da marca
A 23ª edição do reality, no ano passado, foi considerada umas das mais "flopadas" da história do programa, a partir dos números que provam a baixa audiência e entretenimento do público. Dessa forma, em 2024, foi preciso estabelecer um novo planejamento para o BBB, para fortalecer novamente a imagem do programa. "Na vida real, dentro de uma empresa, precisamos reformular os caminhos para que ela não dê errado. Por isso, para que uma marca esteja bem posicionada no mercado, é preciso entender quem é seu público-alvo, seus concorrentes, seus pontos em comum e diferenciais e, acima de tudo, saber o valor que seus clientes esperam de você, fortalecendo, assim, a organização", complementa Fernanda.
2.Planejamento para o gerenciamento de crise
No BBB 21, a cantora Karol Conka sofreu a maior rejeição do Big Brother Brasil, após desavenças com o ator Lucas Penteado, o que fez com que a cantora sofresse severas críticas e muitos "hates" fora do programa. No entanto, em busca de não trazer mais "cancelamentos" para a vida dos brothers, o programa obteve uma nova iniciativa na edição atual. Após falas e comportamentos desrespeitosos de Rodriguinho, o cantor pôde receber uma avaliação do público para a sua primeira liderança, que votou em "alerta", o que trouxe, de certa forma, um questionamento ao cantor. Para a CEO, é importante que esse alerta também aconteça fora do reality e dentro dos negócios. "Precisamos, muitas vezes, dessa chamada de atenção para que a crise não passe de um certo limite. O que aconteceu com a Karol foi um grande marco que não deve ser repetido, por isso, precisou ser contido nas próximas edições. Com uma empresa, também é preciso funcionar dessa maneira e a gestão de crise precisa existir antes de surgir o problema. Por isso, ter um planejamento bem elaborado e alinhado é o ideal para conseguir lidar com o antes e o depois da crise", pontua.
3.Ações de marketing podem impulsionar o negócio
Fora os participantes, é notável as diversas marcas de patrocínio no programa durante o dia a dia, com provas, ações e festas na casa. Com dinâmicas e regras diferentes, as provas reforçam o storytelling da marca, trazendo um grande valor e reconhecimento. "Dentro de uma organização, é importante essa conexão com novas marcas, principalmente se elas fazem sentido para a empresa. Isso é uma forma estratégica de expandir o nome de um negócio, além de construir networking com outras marcas e produtos. Fora isso, uma empresa não nasce sozinha, muito menos cresce sozinha e esse tipo de aliança dentro do mercado é capaz de trazer possibilidades e oportunidades para o negócio como um todo", finaliza a CEO.
