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Aumento do preço do cacau faz guloseimas típicas de Páscoa ficarem mais caras
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Produtos artesanais podem ser saída para economizar nos presentes do período, sugere professor e gastrólogo
Neste ano, não adianta abrir mão dos coloridos e simbólicos ovos de Páscoa e fugir para as barras de chocolate mais simples e – quase sempre mais baratas - na hora de presentear. Isso porquê o preço das guloseimas aumentou para todos as variações de produtos. Segundo explica o gastrólogo e professor do curso de Gastronomia do Centro Universitário IBMR, Giovanni Gropello, "é preciso considerar o aumento do preço do cacau, que é uma commodity".
Recente pesquisa divulgada pela empresa de inteligência de mercado Horus, aponta que em fevereiro de 2024, o preço do quilo do chocolate aumentou em relação ao ano passado. Isso, devido ao aumento de cerca de 75% no preço da principal matéria-prima do doce: o cacau. E o preço das barras de chocolate, tidas costumeiramente como mais em conta, teve aumento também de até 11%.
"Neste momento, se aplica a 'lei da oferta e de demanda', o que consequentemente vai alterar o preço dos produtos que levam o cacau como ingrediente na prateleira do mercado. Ainda que saibamos que muitos destes produtos não sejam 100% chocolate - alguns levam aditivos, gorduras e açúcares, o que faz com que baixe a qualidade do produto - querendo ou não, o preço do cacau impacta", analisa.
Uma saída
Gropello sugere que o consumidor busque os pequenos empreendedores como uma saída para pagar mais barato e manter o ritual de presentear com chocolates na Páscoa - e buscando mais qualidade. "É interessante fomentar o comércio local, buscar os microempreendedores, que fazem a venda com valor, muitas vezes, inferior ao que encontramos no mercado e, quase sempre, com qualidade superior, por se tratar de um processo artesanal, com mais cuidado", avalia.
Muitos destes empreendedores, lembra, já possuem lojas online, o que facilita a pesquisa de preços sem ter que sair de casa. Neste ponto, considere ainda a avaliação destes produtos nas redes sociais onde as opiniões de clientes ajudam bastante na escolha final.
"Estas pessoas são capacitadas em confeitaria, chocolateria, gastronomia, empreendem com criatividade nestas datas especiais e conseguem um bom lucro por causa desta rede de contatos que já consomem delas. Ao consumir destes empreendedores há um impacto social importante. Desta maneira, apoiamos até mesmo a sustentabilidade, levando-se em consideração o tipo de produto produzido e a finalidade de venda", explica o professor do IBMR, instituição sediada no Rio de Janeiro e que integra o Ecossistema Ânima.
Para Gropello, é importante estar neste movimento que apoia os rituais e a festividade típicos do momento de Páscoa - e ainda fazer alguma economia – e que também apoia o microempreendedorismo na gastronomia.
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