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Dia Mundial da Água: indústria têxtil consome anualmente 93 bilhões de metros cúbicos de água
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Para reverter cenário, alguns players do setor de moda têm investido em processo de produção com reuso de água e sistema fechado
Celebrado no dia 22 de março, o Dia Mundial da Água foi criado pela ONU em 1993 para reforçar a importância de defender a água doce e a gestão mais responsável dos recursos hídricos. No que tange a responsabilidade das empresas, a indústria têxtil, um dos setores mais poluentes, consome anualmente 93 bilhões de metros cúbicos de água, segundo pesquisa da Fundação Ellen MacArthur.
De acordo com a Fashion Revolution, para a fabricação de uma calça jeans consome-se uma média de 10 mil litros de água, enquanto um par de sapatos consome 8 mil. É em busca de reverter esse quadro que marcas de viés sustentável estão conseguindo contribuir para um consumo de baixo impacto no uso de água na produção. Um exemplo é a fashiontech Linus, desenvolvedora da primeira sandália de plástico vegano nacional, que possui um processo de produção baseado em reuso de sistema fechado.
"A utilização de água na fabricação da Linus se dá no momento de resfriamento da produção, é baseado no reuso e funciona em um sistema fechado: a água utilizada sai da torre de resfriamento, passa por dentro das máquinas e depois volta para a torre. E assim o processo é repetido durante toda a fabricação", conta Isabela Chusid, fundadora da Linus.
Produzidas com material 100% reciclável de PVC microexpandido, um dos plásticos mais versáteis da indústria, e compostas por 70% de fontes renováveis, as sandálias percorrem um caminho de sustentabilidade do início, na produção, a chegada aos clientes. A etiqueta é feita de papel, unida às sandálias por um cordão de sisal e são embaladas em caixas de papelão, além de terem toda a emissão de carbono negativada.
Além disso, por ser feita com um único material, a Linus é 100% reciclável e pode ser descartada no lixo plástico. "Com a ajuda da Musa, também coletamos os pares de Linus que não estão mais em uso na Casa Linus, em Pinheiros, e damos o destino adequado para elas. Nenhum dos nossos resíduos vai para aterros ou para o lixão. Temos aparas de produção que são reintegradas no processo e cada nova Linus tem até 20% de sandália reciclada na composição", reforça Isabela.
Para que as sandálias tivessem todas as curvas de apoio para os pés, sem deixar de lado a atemporalidade e a sustentabilidade, Isabela contou com auxílio de designers, engenheiros de material, ortopedistas e especialistas em palmilhas.
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