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Programa da Prefeitura de São Paulo leva alimento saudável com menor custo para periferias
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Estudo da UFMG revela que são nessas áreas onde acontecem o maior consumo de ultraprocessados, prejudiciais à saúde Um estudo recente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que é nas periferias brasileiras que se concentram o maior consumo de ultraprocessados. De acordo com a pesquisa, a falta de informação sobre alimentação e a baixa disponibilidade de alimentos saudáveis a preços acessíveis na região empurram essa parcela mais vulnerável da população para o perigoso consumo desse tipo de produto. A pesquisa com a participação de 27 moradores de comunidades brasileiras, a maioria na região Sudeste, apontou que esses cidadãos consomem frutas e legumes com menor regularidade, em comparação com quem vive em regiões mais centrais, com maior infraestrutura e poder aquisitivo. Além disso revelou que os entrevistados gostariam de consumir mais itens essenciais para a garantia de hábitos alimentares saudáveis e da segurança alimentar. "Os alimentos ultraprocessados, além de mais baratos são facilmente encontrados, pela larga escala de produção e longo prazo de validade pelo uso de conservantes. Apesar de saciar a fome com a ingestão calórica, eles têm excesso de sódio e gorduras que contribuem e não agregam na ingestão dos nutrientes e vitaminas necessárias para o corpo, o que pode levar ao longo do tempo à problemas de saúde", destaca Mariana Lozano, nutricionista do Armazém Solidário, programa da Prefeitura de São Paulo com foco em segurança alimentar que é dirigido a famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social. O objetivo do programa, desenvolvido pela Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional e de Abastecimento (SESANA), vinculada à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), é, justamente, levar alimentos de qualidade mais perto da periferia, com preços até 30% mais baixos, subsidiados pela prefeitura, em relação ao praticado nos mercados convencionais. "Nesses locais, idealizados especialmente para as pessoas que mais necessitam, cidadãos em vulnerabilidade têm condições de buscar, com dignidade, a segurança alimentar e o poder de escolha de seus alimentos com qualidade. Isso ajuda a criar uma nova cultura alimentar para esta população", destaca Carlos Fernandes, secretário executivo de SESANA. Ao todo, a cidade de São Paulo ganhará sete Armazéns Solidários, custeados pelo Fundo de Abastecimento Alimentar de São Paulo (FAASP) e geridos pela Organização Social Civil (OSC) Instituto Nacional de Tecnologia, Educação, Cultura e Saúde (INTECS). Em todos, serão comercializados apenas produtos minimamente processados, proteínas (carne, frango e peixes) in natura, sucos naturais, padaria, hortifrúti e orgânicos. Dois já estão em operação, no Mercado Municipal de São Miguel Paulista e no Sacolão do City Jaraguá. Os outros cinco devem inaugurar ainda neste ano no Jaraguá, na Estrada do Sabão, em Guaianases, Cidade Tiradentes e na Freguesia do Ó. "O público do programa é formado por pessoas que vivem na cidade de São Paulo, com o Cadastro Único ativo (CadÚnico). As compras poderão ser feitas por CPF do cadastrado", explica Fernandes. Os beneficiários podem fazer uma compra por dia por número de CPF. Alguns produtos têm limite de quantidade máxima para compra, de modo que todos tenham oportunidade de adquiri-los. Cada Armazém também abriga uma "Banca Solidária", que oferece alimentos oriundos de doação do Banco de Alimentos, a custo zero. Cada cliente pode usufruir da banca, também com limite máximo por produto. "Além de toda essa preocupação, temos como próximo passo a aquisição de alimentos oriundos da agricultura familiar, além de produtos orgânicos, também a custos menores e acessíveis para a população em vulnerabilidade", ressalta Fernandes. "A ideia é que os Armazéns sejam mais do que uma ação de segurança alimentar, mas de transformação na alimentação da população da periferia para que, assim, possamos mudar o cenário levantado pela recente pesquisa da universidade", conclui.
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