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Participação de ferrovias alcança patamar inédito no transporte de cargas no Brasil
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Estudo da FDC aponta que, pela primeira vez, mais de ¼ do transporte de produtos no país é realizado pelo modal ferroviário. Imagens: Divulgação Pesquisa da Fundação Dom Cabral apresenta dados que quebram uma barreira histórica no setor de logística no país. O estudo "Cenários de carregamento da rede multimodal de transporte com fluxos de cargas nos horizontes base atual e projetados (ainda sem novas infraestruturas)" eleva o patamar de discussão sobre a matriz brasileira de transporte de cargas e identifica, de maneira inédita, que o modal ferroviário do país responde por cerca de 27% no volume de carregamento de cargas (em Toneladas Úteis). Considerando apenas o transporte de longa distância, a pesquisa focou nas variáveis Volume de Cargas (TU) e Produção de Transporte (TKU). Os dados inéditos foram identificados pela PILT FDC – Plataforma de Infraestrutura em Logística de Transporte na análise de Volume de Cargas, que representa o volume das mercadorias em toneladas-úteis. Pela primeira vez, a malha ferroviária responde por mais de ¼ deste transporte. Os modais considerados na pesquisa representam a grande logística brasileira: ferroviário, rodoviário, hidroviário, dutoviário e navegação de cabotagem.
*Estudo "Cenários de carregamento da rede multimodal de transporte com fluxos de cargas nos horizontes base e futuros". Todos os horizontes consideram a rede atual (sem novas infraestruturas na rede)
Ao considerar Produção de Transportes, variável que define o preço do frete, analisando o volume de mercadoria versus a distância percorrida, os resultados seguem a mesma linha de estudos anteriores.
*Estudo "Cenários de carregamento da rede multimodal de transporte com fluxos de cargas nos horizontes base e futuros". Todos os horizontes consideram a rede atual (sem novas infraestruturas na rede)
"Nesta variável, identificamos que o modal rodoviário está ainda muito acima do ferroviário, ou seja, transportando carga que não deveria em longas distâncias. Poderíamos ter uma maior participação ferroviária se houvesse investimento, principalmente para um maior alinhamento entre o volume de cargas e a produção de transporte. Existe a demanda", pontua Paulo Resende.
De acordo com a pesquisa, que utiliza o cenário de estudo "Do nothing", caso o Brasil não invista em infraestrutura, grande parte do ganho alcançado em transporte de cargas estará perdido. "É preciso atenção neste ponto. Vivemos um momento de ineditismo, mas podemos voltar a patamares anteriores caso nada seja feito", analisa Paulo Resende.
*Estudo "Cenários de carregamento da rede multimodal de transporte com fluxos de cargas nos horizontes base e futuros". Projeção para 2035 dentro do cenário "Do nothing"
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