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Maternidade impulsiona o empreendedorismo feminino através da costura
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Amanda iniciou sua jornada empreendedora em 2014, abrindo uma loja física de materiais para costura. No entanto, com o nascimento de seus filhos e a necessidade de ter mais flexibilidade, migrou para o ambiente digital. "Empreendi porque queria ter tempo para cuidar dos meus filhos e, ao mesmo tempo, continuar fazendo o que amo. A costura me permite esse equilíbrio", conta Amanda. O caso de Amanda reflete um fenômeno crescente no Brasil, onde a costura vem se consolidando como uma forma significativa de geração de renda. Dados da Singer, líder no mercado de máquinas de costura no mundo, revelam que 60% das máquinas adquiridas no país são utilizadas para complementar a renda familiar. Além disso, 40% dos consumidores fazem uso profissional das máquinas, destacando a relevância dessa atividade no cenário empreendedor. A costura já está presente em 36% dos lares brasileiros, o que equivale a cerca de 25 milhões de casas. Mulheres representam 69% do público consumidor, com 39% delas entre 30 e 39 anos. Esse cenário reflete a continuidade de gerações que veem na costura não apenas uma forma de sustento, mas também de realização pessoal e criatividade. "A costura não é só uma fonte de renda, ela proporciona prazer e bem-estar, com 75% dos consumidores afirmando que a atividade é terapêutica", comenta Ronaldo Lopes, coordenador de trade marketing da SVP Worldwide na América Latina – dona das marcas Singer, Husqvarna Viking e Pfaff. O mercado de máquinas de costura no Brasil movimenta cerca de R$ 500 milhões ao ano, com a venda de mais de 340 mil unidades anuais. As regiões Sudeste (46%), Nordeste (25%) e Sul (15%) são as que mais utilizam essas máquinas. Entre as usuárias que trabalham com costura de maneira profissional, 31% utilizam a máquina diariamente, consolidando a importância desse mercado. Amanda Ansaldo também destaca a disciplina necessária para atuar no meio digital e a capacidade de inovação constante nesse ramo. "Trabalhar com costura online é desafiador, pois sou minha própria chefe. Preciso manter o foco e seguir minhas metas, mas ao mesmo tempo, tenho a flexibilidade para acompanhar o dia a dia dos meus filhos", comenta Amanda. A mudança geracional, que hoje busca mais qualidade de vida e a personalização de suas roupas, também tem fortalecido o setor. Segundo Lopes, há uma crescente consciência ambiental surgindo nas novas gerações, com pessoas reaproveitando e reutilizando tecidos e peças de roupa. Esse movimento, que começou durante a pandemia, se manteve e hoje reflete o desejo por consumo mais consciente e sustentável. Hoje, Amanda Ansaldo ganha a vida ensinando outras pessoas a costurarem pela internet. Com uma trajetória de sucesso no ensino online, ela já ensinou mais de 10 mil pessoas a dominar a arte da costura. Nas redes sociais, Amanda se consolidou como uma referência no segmento, com uma base de seguidores impressionante: 1 milhão no Instagram, 720 mil no Facebook, 420 mil no YouTube e 260 mil no TikTok, onde compartilha dicas, tutoriais e inspirações para aqueles que buscam aprender e empreender na costura. |